16 de jul. de 2009

Viver com a minha mãe está a tornar-se insuportável.
Grita e reclama por coisas de nada, desde o momento em que entra em casa até à hora em que se vai deitar.
Bem sei que devo compreendê-la e dar-lhe apoio.
Esta é uma das fases mais difíceis da vida de uma mulher.
Mas já estou a ficar tão cansada...

Às vezes gostava que me acontecesse qualquer coisa de mal (uma coisa levezinha, não sou suicida), só para que ela percebesse algo que eu já percebi há muito tempo:

A vida é efémera e incerta.

Nada nos garante que as pessoas que amamos estarão cá amanhã.
Devíamos aproveitar cada segundo que passamos com eles para lhes transmitir coisas boas e úteis: amor, sabedoria e valores.

Em vez disso ela preenche o nosso tempo juntas com gritarias despropositadas, queixas, auto-comiseração e pessimismo gratuito (o que é algo sempre bem-vindo para uma jovem de 17anos cheia de sonhos e esperanças).

Daqui a um ano vou-me embora e ela vai sofrer imenso com a minha ausência. Porque é que ela não aproveita os meus últimos momentos debaixo das saias dela?


***


Pronto, já deitei tudo cá para fora. Para acabar, vou deixar esta frase que me ocorreu a caminho dos ensaios:

Depois de estarmos mortos não interessa o quão desarrumados, esquecidos ou irresponsáveis éramos. O que interessa é que já não vamos estar presentes para poderem sequer reclamar por isso.

2 *:

Miss Mau Feitio disse...

Isso passa querida...

Beijinhos

Framboise disse...

Por acaso já passou :)
Até se ofereceu para me levar às compras!
beijinho

Lulz Catz!